Título | BIOATIVIDADE DA PUNICALAGINA (Punica granatum)EM MODELO DE SEPSE INDUZIDA EM CAMUNDONGO |
Data da Defesa | 09/11/2023 |
Download | Em sigilo |
Banca
Examinador | Instituição | Aprovado | Tipo |
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Dra. Ana Lúcia Fernandes Pereira | UFMA | Sim | Membro | Dra. Andréa de Souza Monteiro | UniCEUMA | Sim | Membro | Dr. Luís Cláudio Nascimento da Silva | UniCEUMA | Sim | Membro | Dr. Rafael Cardoso Carvalho | UFMA | Sim | Membro | Dr. Valério Monteiro Neto | UFMA | Sim | Presidente |
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Palavras-Chaves | Infecção; Punica granatum L.; Punicalagina; Sepse. |
Resumo | A sepse consiste em uma disfunção orgânica oriunda de uma infecção que provoca uma reposta
inflamatória em todo o organismo. É considerada um grave problema de saúde e uma das 10
maiores responsáveis pelo número de mortes em nível mundial. Formas alternativas para o
tratamento de doenças vêm sendo estudadas como o fitoterápico, que consiste na utilização de
medicamentos vindos de vegetais ou plantas medicinais. Punica granatum L., popularmente
conhecida como Romã, é utilizada como vermífugo, anti-helmíntico, antialérgico e no
tratamento de infecções do trato urinário, sífilis, úlceras, diarreia, dentre outras manifestações
clínicas. Dentre os seus compostos fenólicos, a punicalagina é uma grande responsável por estes
efeitos. Objetivos: investigar a taxa de mortalidade infantil por sepse no Brasil e a bioatividade
da Punica granatum e da punicalagina sobre modelos de sepse in vivo. Métodos: Capítulo I –
foi realizado um estudo ecológico de séries temporais e analisou-se a tendência da mortalidade
infantil por sepse através da Classificação Internacional de Doenças (CID10) segundo o local
de residência (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste); Capítulo II – foi induzida sepse
letal polimicrobiana em camundongos por meio de ligadura e punção cecal (CLP), os animais
foram divididos em três grupos (Sham – falso-operado, CLP-controle – PBS e CLP-HCEPg –
dose única, 5 mg/kg, administração subcutânea), o tratamento foi iniciado imediatamente após
a indução da sepse e a sobrevida foi avaliada a cada 12 horas durante cinco dias, foram
analisados os níveis séricos de citocinas, o número de unidades formadoras de colônias (UFC),
bem como o número de células nos órgãos linfóides e seus marcadores de ativação; Capítulo
III – foi realizada uma investigação da punicalagina no modelo de infecção por sepse e foram
avaliados os parâmetros hematológicos, histopatológico, unidades formadoras de colônias
(CFU), celularidade no sangue, órgãos linfóides, cavidade peritoneal e lavado broncoalveolar
(BAL), produção de IL-2, IL-4, IL-6, IFN-γ, TNF-α, IL-17 e IL-10, óxido nítrico e as diferenças
estatísticas de todas as análises foram consideradas significativas quando p < 0,05. Resultados:
Capítulo I – a maioria das regiões apresentou tendência decrescente nas taxas de mortalidade
por sepse em todos os componentes etários, apesar das diferenças regionais; Capítulo II – P.
granatum melhorou a expectativa de vida de camundongos sépticos, possivelmente devido aos
seus efeitos antimicrobianos, anti-inflamatórios e imunomoduladores, regulando assim a carga
bacteriana e a translocação, bem como controlando a inflamação sistêmica induzida pela sepse;
Capítulo III – a punicalagina associada a um antibiótico exerceu efeito antimicrobiano e
imunomodulador sobre camundongos com sepse. Conclusões: as taxas de mortalidade por
sepse estão em sua maioria em estado decrescente no Brasil, a P. granatum e a punicalagina
associada a antibiótico são alternativas interessantes para o tratamento de indivíduos sépticos. |
Abstract | Sepsis consists of an organic dysfunction arising from an infection that causes an inflammatory
response throughout the body. It is considered a serious health problem and one of the 10 most
responsible for the number of deaths worldwide. Alternative ways to treat diseases have been
studied, such as herbal medicine, which consists of the use of medicines from vegetables or
medicinal plants. Punica granatum L., popularly known as Pomegranate, is used as a
vermifuge, anthelmintic, antiallergic and in the treatment of urinary tract infections, syphilis,
ulcers, diarrhea, among other clinical manifestations. Among its phenolic compounds,
punicalagin is largely responsible for these effects. Objectives: to investigate the infant
mortality rate due to sepsis in Brazil and the bioactivity of Punica granatum and punicalagin
on in vivo sepsis models. Methods: Chapter I – an ecological time series study was carried out
and the trend in infant mortality due to sepsis was analyzed using the International
Classification of Diseases (ICD10) according to place of residence (North, Northeast,
Southeast, South and Central-West ); Chapter II – lethal polymicrobial sepsis was induced in
mice using cecal ligation and puncture (CLP), the animals were divided into three groups (Sham
– sham-operated, CLP-control – PBS and CLP-HCEPg – single dose, 5 mg /kg, subcutaneous
administration), treatment was started immediately after sepsis induction and survival was
assessed every 12 hours for five days. Serum levels of cytokines, the number of colony forming
units (CFU), as well as such as the number of cells in lymphoid organs and their activation
markers; Chapter III - an investigation of punicalagin was carried out in the sepsis infection
model and the hematological, histopathological parameters, colony forming units (CFU),
cellularity in the blood, lymphoid organs, peritoneal cavity and bronchoalveolar lavage (BAL),
production of IL-2, IL-4, IL-6, IFN-γ, TNF-α, IL-17 and IL-10, nitric oxide and statistical
differences from all analyzes were considered significant when p < 0.05. Results: Chapter I –
most regions showed a decreasing trend in sepsis mortality rates across all age groups, despite
regional differences; Chapter II – P. granatum improved the life expectancy of septic mice,
possibly due to its antimicrobial, anti-inflammatory and immunomodulatory effects, thus
regulating bacterial load and translocation, as well as controlling sepsis-induced systemic
inflammation; Chapter III – punicalagin associated with an antibiotic exerted an antimicrobial
and immunomodulatory effect on mice with sepsis. Conclusions: mortality rates from sepsis
are mostly decreasing in Brazil, P. granatum and punicalagin associated with antibiotics are
interesting alternatives for the treatment of septic individuals. |