Título | ESTUDO DA TOXICIDADE PRÉ CLÍNICA DO EXTRATO BRUTO ETANÓLICO DE Piper aduncum |
Data da Defesa | 03/03/2023 |
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Banca
Examinador | Instituição | Aprovado | Tipo |
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Dra. Elisandra Scapin | UFT | Sim | Membro | Dra. Pablinny Moreira Galdino de Carvalho | UFOB | Sim | Membro | Dr. Guilherme Nobre do Nascimento | UFT | Sim | Presidente | Dr. Victor Rodrigues Nepomiceno | UFT | Sim | Membro | Dr. Wilson José Alves Pedro | UFSC | Sim | Membro |
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Palavras-Chaves | Piper aduncum; plantas medicinais; toxicidade; bioensaios. |
Resumo | As plantas medicinais são bastante utilizadas mundialmente, o uso destas plantas é baseado no
conhecimento das populações para fins profiláticos e terapêuticos, necessitando de
comprovação das ações farmacológicas e segurança do uso. Devido a diversidade de compostos
bioativos que possuem atividades biológicas e químicas, tornaram-se foco de pesquisas
contribuindo para produção de novos medicamentos utilizados na atualidade. Os bioensaios são
realizados para avaliar os possíveis efeitos tóxicos dos produtos vegetais, sendo testes
preliminares, in vitro, dos ensaios in vivo. A P. aduncum é uma planta utilizada de forma
empírica em forma de chás, infusões, alimentação e como repelentes, porém e o potencial
toxicológico não parece totalmente elucidado. O objetivo deste trabalho foi de avaliar in vitro
o potencial toxicológico do extrato bruto etanólico de P. aduncum através de ensaios préclínicos e determinar a menor dose tóxica possível em bioensaios para futuros testes em
repelência e bioinseticida. Os ensaios foram realizados com extrato bruto etanólico nas
concentrações de 100 µg/ml, 50 µg/ml, 10 µg/ml e 1 µg/ml. Para determinar a CL50, foi
realizado testes com náuplios de A. salina que demonstrou o extrato bruto etanólico de P.
aduncum pode ser considerado tóxico, pois na concentração de10 µg/ml ocorreu letalidade de
56.6% dos náuplios, e à medida que as concentrações do extrato bruto aumentaram, observouse maior letalidade dos microcrustáceos. O teste antiproliferativo de Allium cepa é indicado
para avaliar alterações celulares, um importante bioindicador toxicológico inicial. Observou-se
ação antiproliferativa no grupo de 100 µg/ml inibindo o crescimento radicular, apresentando
assim potencial citotóxico. A fragilidade osmótica eritrocitária é utilizada como biomarcador
do estresse oxidativo da membrana eritrocitária em contato com substâncias tóxicas. Testou-se
a interação do extrato bruto de P. aduncum com a membrana de eritrócitos humanos em
concentrações crescentes de NaCl de 0.12% a 0.9%. As concentrações testadas do extrato não
apresentaram efeito tóxico na membrana dos eritrócitos. O potencial alelopático do extrato de
P. aduncum sobre as sementes de alface foi determinado pela germinação total e índice de
velocidade de germinação das sementes. As concentrações testadas do extrato de P. aduncum
não apresentaram potencial alelopático significativo, havendo redução de germinação da raiz
na maior concentração testada. As concentrações do extrato bruto etanólico de P. aduncum
demonstraram potencial tóxico no desenvolvimento celular. |
Abstract | Medicinal plants are worldwide used, the use of these plants is based on the knowledge of
populations prophilatic and therapeutic pourposes, requiring proof of pharmacological actions
and safety of use. Due to the diversity of bioactive compounds that have chemical activities,
they become the focus of research contributing to the production of new drugs used today. The
bioassays are carried out to evaluate the possible toxic effects of the vegetal products, being
preliminary test in vitro, of the in vivo assays. P. aduncum is a plant used empirically in forms
of teas, infusions, food and as repellents, however, the toxicological potential does not seem to
be fully elucidated. The objective of this work was to evaluate in vitro the toxicological
potential of the ethanolic crude extract of P. aduncum through pre-clinical tests and to
determine the lowest toxic dose in bioassays for future tests in repellency and bioinsecticide.
The test was caried out with crude ethanolic extract at concentrations of 100 µg/ml, 50 µg/ml,
10 µg/ml e 1 µg/ml. To determine the LC50, tests were performed with nauplii of A. salina and
demonstrated the crude extract of P. aduncum can be considered toxic, since at a concentration
of 10 µg/ml there was a lethality of 56.6% of the nauplii, and as the concentration of the crude
extracts increased, there was a greater lethality of microcrustaceans. The Allium cepa
antiproliferative test is indicated to evaluate cellular alterations, an important initial
toxicological bioindicator. Moreover, there is antiproliferative action in the group of 100 µg/ml
inhibiting root growth, presenting cytotoxic potential. Erythrocyte osmotic fragility is used as
a biomarker of oxidative stress of the erythrocyte membrane in contact with toxic substances.
It was tested the interaction of the crude P. aduncum extract with the membrane of human
erythrocytes at increasing concentrations of NaCl from 0.12% to 0.9%. The concentrations of
the analyzed extract do not have a toxic effect on the erythrocyte membrane. The allelopathic
potential of crude P. aduncum extract against lettuce seeds through total seed germination and
the germination speed index. Concentrations of the tested P. aduncum extracts do not present
significant allelopathic potential, meaning they reduce the root germination process at the
highest concentration tested. The concentrations of crude extract of P. aduncum demonstrate
toxic potential in cell development |