Dois pesquisadores vinculados à Rede Bionorte estão na cidade de Granada, na Espanha, para estabelecer uma colaboração técnico-científica com a Universidad de Granada (UGR). A visita técnica é supervisionada pelo Dr. Joaquín Campos, do Departamento de Química Farmacêutica e Orgânica da Faculdade de Farmácia da UGR. A iniciativa visa fortalecer laços acadêmicos e explorar soluções inovadoras para questões ambientais da Amazônia, com conexão junto ao setor agropecuário brasileiro.
O Dr. Cleydson Breno Rodrigues dos Santos, diretor do Departamento de Pesquisa e coordenador do PPG-BIONORTE Polo Amapá, e o pesquisador da Embrapa Jô de Farias Lima buscam ampliar as possibilidades de pesquisa e inovação por meio do uso de bioquimioinformática e de um banco de moléculas sintéticas produzido pelo grupo de pesquisadores da UGR. Essas ferramentas podem gerar soluções biotecnológicas aplicadas a desafios emergentes, como o enfrentamento de pragas na cultura da mandioca e doenças associadas ao camarão da Amazônia.
A pesquisa do Dr. Cleydson Breno é voltada para a identificação de potenciais agentes antimicrobianos frente a patógenos que afetam humanos e animais, utilizando abordagens de bioquimioinformática. Essa linha de estudo atende às demandas científicas crescentes lideradas pela Embrapa, incluindo pragas agrícolas e questões de sanidade animal.
Rede Bionorte como elo entre a Amazônia e a comunidade internacional
A Rede Bionorte, programa de doutorado estratégico que conecta diferentes instituições de ensino e pesquisa na Amazônia, tem desempenhado um papel fundamental na indução de pesquisas científicas de impacto global. A iniciativa fomenta a integração entre pesquisadores da região amazônica e instituições internacionais, promovendo o avanço do conhecimento em biodiversidade, biotecnologia e inovação tecnológica.
Para o Dr. Cleydson Breno, a parceria com a Universidad de Granada e a Embrapa é uma oportunidade ímpar para integrar conhecimentos científicos e tecnológicos, além de fortalecer áreas ainda incipientes, como a bioquimioinformática no Amapá. “A formação de parcerias para desenvolver novas abordagens terapêuticas e tratamentos inovadores é de extrema relevância para a sociedade, sobretudo, no campo da pesquisa agropecuária”, destaca.
Já o pesquisador Jô de Farias Lima enfatiza que a colaboração representa um marco no enfrentamento de problemas cruciais para o setor agrícola e aquícola da Amazônia. “Além de ampliar o conhecimento científico, essa iniciativa consolida as competências técnico-científicas da Embrapa e da UNIFAP como protagonistas no desenvolvimento da região amazônica”, afirma.