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Workshop conecta ciência e empreendedorismo no Congresso Brasileiro de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia e I Simpósio Internacional da Bionorte em Cuiabá
“A Amazônia precisa de você. E talvez, no caminho, você descubra que também precisa dela.” É com esse chamado que o professor e administrador Lucas Carregari da Rosa Carneiro, 35 anos, convida estudantes, professores e pesquisadores a participarem do Workshop “Experiência Gênese”, uma das atividades de destaque do Congresso Brasileiro de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia e I Simpósio Internacional da Bionorte, que será realizado entre os dias 1 e 5 de setembro, em Cuiabá (MT).
A oficina integra a programação do evento promovido pela Rede Bionorte, reunindo especialistas e representantes da academia, setor produtivo e sociedade civil para debater soluções sustentáveis para a Amazônia Legal, o Cerrado e o Pantanal. O foco é estimular práticas de conservação e o desenvolvimento de bioprodutos e bioprocessos com origem nas riquezas naturais dessas regiões.
Lucas Carneiro é doutor em Administração com foco em sustentabilidade e inovação, e atua como coordenador de projetos na Fundação CERTI, de Florianópolis. É lá que ele lidera iniciativas que buscam conectar ciência, floresta viva e empreendedorismo. Um desses projetos é o Programa Gênese, base do workshop que será apresentado no Congresso.
“O Gênese nasceu do desejo de transformar pesquisas em negócios de impacto real”, explica Lucas. “Vi projetos que começaram em laboratórios se tornarem sementes de empresas que geram renda, empoderamento local e conservação ambiental. É isso que nos move.”
Segundo ele, o workshop não será uma palestra tradicional. “É um convite para colocar a mão na massa e imaginar, juntos, novos caminhos para a ciência e para o território. Queremos plantar inquietações que floresçam como ação.”
Da universidade para o mundo
A proposta central do Workshop Gênese é mostrar como o conhecimento acadêmico pode se converter em soluções reais para os desafios da região amazônica. “Muitas das respostas que procuramos já estão nas universidades — só precisam de um empurrão para chegar ao mundo real”, diz Lucas. “A ciência, quando encontra o empreendedorismo, dá origem a algo potente: inovação com alma.”
Apesar dos avanços, ele reconhece os desafios: a falta de incentivos, a distância entre pesquisa e prática e a ausência de uma cultura empreendedora na formação acadêmica. “Mais do que mudanças pontuais, precisamos de uma virada de mentalidade. Enxergar a bioeconomia como estratégia de país — não como exceção”, defende.
Bioeconomia com propósito
Estudos recentes indicam que a bioeconomia da Amazônia pode movimentar bilhões de reais. Mas, para Lucas, o verdadeiro valor está em outro lugar. “O impacto real se mede no bem-viver das comunidades. Isso não cabe nas planilhas, mas se sente no dia a dia de quem vive na floresta.”
A trajetória de Lucas é marcada por influências que vão desde mestres da academia até comunidades ribeirinhas e startups da floresta. “Foi a convivência com pessoas que acreditam no impacto positivo com ética e coletividade que moldou minha visão”, conta.
Convite à ação
O Workshop Gênese faz parte de uma programação mais ampla do Congresso, que busca integrar biodiversidade e biotecnologia, estimular métodos modernos de incubação de empresas, aproximar pesquisadores do setor produtivo e incentivar o empreendedorismo científico entre jovens.
Lucas finaliza com um recado direto: “Se você é pesquisador, professor ou estudante e sente que sua pesquisa pode ser mais do que artigo publicado — venha. A Amazônia precisa de você.”
As inscrições para o Congresso seguem abertas no site oficial do congresso.
Data: 30/07/2025