Inovação energética: óleo de babaçu se torna biodiesel aditivado com tecnologia avançada
A ciência desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios contemporâneos. No Brasil, pesquisadores se dedicam diariamente a expandir o conhecimento em diversas áreas, com foco especial na preservação da biodiversidade e na promoção de tecnologias sustentáveis. Entre as iniciativas de destaque, as redes de pesquisa vêm se consolidando como espaços de cooperação e produção de conhecimento, especialmente na Amazônia, uma das regiões mais ricas e desafiadoras do planeta.
Um exemplo significativo desse avanço científico é a defesa da tese de doutorado de Jonas Miguel Priebe, realizada no dia 28 de fevereiro de 2025, pela Rede Bionorte. Orientado pelo Prof. Evandro Luiz Dall’oglio e Co-orientado pelo Prof. Leonardo Gomes de Vasconcelos, Jonas apresentou seu trabalho intitulado: Obtenção de biodiesel aditivado via interesterificação induzido por micro-ondas e ultrassom a partir do óleo de babaçu", para obtenção do título de Doutor em Biodiversidade e Biotecnologia. O projeto de tese foi executado na "Central Analítica do Laboratório de Pesquisa em Química de Produtos Naturais e Novas Metodologias Sintéticas em Química Orgânica - CALPQPN/Departamento de Química/Instituto de Química/UFMT. E a defesa ocorreu perante uma banca composta por cinco professores doutores, vinculados à Universidade Federal do Mato Grosso e à Universidade Estadual do Mato Grosso, e Jonas foi aprovado por unanimidade.
A pesquisa abordou a produção de biodiesel aditivado utilizando óleo de babaçu, destacando-se por empregar técnicas modernas como a interesterificação induzida por micro-ondas e ultrassom. O trabalho busca aprimorar a qualidade dos combustíveis e otimizar o tempo e o custo de produção, aproveitando matérias-primas da biodiversidade nacional. Segundo Jonas, o tema é atual e tem potencial para elevar a produção de biodiesel aditivado, gerando impactos positivos na matriz energética nacional.
Em entrevista, Jonas Miguel Priebe destacou que o maior desafio da produção de biodiesel aditivado reside na competitividade com derivados petroquímicos e na concorrência com matérias-primas alimentícias, que impactam diretamente os custos do produto final. Além disso, ele reforça a necessidade de desenvolvimento tecnológico contínuo para reduzir custos de produção e tornar a indústria de biodiesel competitiva frente ao diesel fóssil.
Sobre o futuro do setor, Jonas se mostra otimista. O avanço tecnológico e políticas públicas adequadas podem ampliar significativamente o volume de produção e a utilização de biodiesel aditivado nos próximos anos. “As mudanças são dependentes das políticas de estado de cada nação, vinculadas à matriz energética utilizada e sua disponibilidade regional”, argumenta Jonas. “Há uma perspectiva promissora para o Brasil e o mundo, ampliar o volume de produção e utilização”.
A Rede Bionorte é uma rede de pesquisa e pós-graduação que integra instituições dos estados da Amazônia Legal. Seu objetivo principal é promover o avanço do conhecimento científico e tecnológico voltado para a biodiversidade e a biotecnologia, capacitando profissionais e desenvolvendo soluções inovadoras que contribuem para o desenvolvimento socioeconômico da região.
Data: 12/03/2025
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