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Pesquisadora acreana do PPG-Bionorte realiza doutorado sanduíche na University of Alberta, no Canadá
A biotecnologia conduzida na Amazônia ganhou um novo capítulo internacional com a trajetória da pesquisadora Jaine Rodrigues da Rocha, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia (PPG-Bionorte/UFAC). Como parte de sua formação no curso de doutorado do programa, Jaine embarcou para o Canadá, onde realiza o doutorado sanduíche em uma das universidades mais prestigiadas do país, a University of Alberta, na cidade de Edmonton.
Biomédica e química de formação, com mestrado em Ciências da Saúde, Jaine é docente e coordenadora do curso de Biomedicina no Centro Universitário Estácio Unimeta, em Rio Branco (AC), além de atuar como biomédica nos laboratórios da SESACRE e Professora de Química na SEE-AC. Sua pesquisa no PPG-Bionorte tem foco na aplicação do ultrassom terapêutico como tecnologia inovadora, avaliando seus efeitos biológicos como potencializador do efeito antifúngico do Croton lechleri — planta conhecida popularmente como “sangue de dragão”, que possui propriedades medicinais amplamente utilizadas por populações tradicionais amazônicas.
A estudante é orientada no Brasil pelo professor Dr. Luis Eduardo Maggi (Bionorte/UFAC) que tem parceria no exterior com a professora Dra. Marleny Saldaña (University of Alberta), o que contribui com o programa para obter a nota 6 pela CAPES.
“A internacionalização da pesquisa é essencial para a formação de um pesquisador pois permite a vivência e acesso a uma infraestrutura de ponta, favorece o aprendizado de novas metodologias, impulsiona a produção cientifica e a melhoria no domínio da escrita cientifica em inglês.”, destaca.
Para Jaine, o primeiro contato com o laboratório canadense foi um dos momentos mais marcantes da experiência. “Estar em um ambiente multicultural, ao lado de pesquisadores de diferentes países, me fez perceber de forma concreta como a ciência é uma linguagem universal. Apesar das diferenças culturais e de idioma, havia um objetivo comum: gerar conhecimento que transforme realidades”, relatou.
Além da vivência individual, Jaine enfatiza a importância da internacionalização como estratégia coletiva de fortalecimento da ciência regional. “É preciso valorizar a internacionalização não apenas como experiência individual, mas como estratégia institucional e regional. O retorno desse capital intelectual gera um efeito multiplicador. Eleva-se o padrão da pesquisa local e acelera-se a solução de desafios regionais (por exemplo, no combate a doenças endêmicas ou no aprimoramento da biotecnologia agroindustrial). Assim, a internacionalização se estabelece como uma estratégia institucional de profundo impacto socioeconômico.”
Para o PPG-Bionorte, que reúne 20 instituições em nove estados da Amazônia Legal e consolida-se como o maior doutorado da região, trajetórias como a de Jaine representam a essência do programa: formar doutores capazes de integrar biodiversidade, biotecnologia e inovação para promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia.
“Acredito profundamente que a ciência transforma vidas — e que cada conquista individual é reflexo de um esforço coletivo. Representar a Amazônia e o Bionorte aqui é uma forma de mostrar o valor da pesquisa nascida na nossa região”, conclui.
Data: 09/10/2025